domingo, agosto 31, 2008

Atar palavras com cordas grossas

Tinha tanta coisa para escrever. Coisas que fui pensando ao longo destes dias. Mas foi por ouvir uma autora brasileira na TSF, cujo nome não sei porque apanhei a entrevista a meio, que me lembrei das minhas reflexões de adolescente sobre o poder das palavras. Ela tinha uma palavra preferida: decantar. Decantar emoções. Decantar a realidade. Decantar. E disse também que as palavras são a nossa continuidade. São parte do ser humano. São duras. São incríveis. Belas e poderosas. Há palavras que aniquilam as acções, outras que as acompanham. E quando saem disparadas da nossa boca, assim sem controle?! É como um fogo que sobe na garganta, imparável. Quando saem da nossa boca, não há nada que as impeça de explodir na cara dos outros, nas paredes, no ar. Partem a loiça. Deixam cacos no chão e tornam muito difícil a tarefa de os voltar a colar.
Isto tudo a propósito de ser preciso às vezes atar as palavras com cordas grossas. Fazer com que não saiam. Mesmo que o nosso fundinho, aquele que explode, que quer gritar, dar murros na mesa ou saltar para cima do condutor desenfreado, esteja desejoso de as ver sair. Aquele lado irracional, animal, que anda à solta dentro de nós. Somos uns doidos, todos.
As palavras também mentem. E nós vamos atrás delas desenfreados, loucos, numa espécie de auto-estrada vertiginosa, perigosa, alucinante, e por todos estes motivos, atraente.

quarta-feira, agosto 20, 2008

É bom

Saber falar outras línguas, conhecer pessoas de outros países, partilhar experiências e abraçar amigos. Há telefonemas que nos deixam felizes.

segunda-feira, agosto 11, 2008

Baby Blues

Filosofia de ponta

Um dos desafios da maternidade/paternidade é conseguir fazer gracinhas a um bebé que chora desalmadamente há meia hora só porque não quer dormir.

sexta-feira, agosto 08, 2008

No campo















































terça-feira, agosto 05, 2008

Impotência

É ver uma tia abrir um pacote de bolachas com açúcar, dar a provar ao G. e vê-lo a lamber a dita com satisfação. E eu que só queria apresentar-lhe o açúcar lá para os 12 meses... Uma distracção e somos ultrapassadas num ápice.