quarta-feira, janeiro 25, 2006

Regresso

Ontem foi um dia "daqueles". Os episódios sucederam-se à medida que as horas iam avançando. Depois de uma hora de conversa com mais um pretendente a ficar com a minha casa, uma reunião de câmara cheia de dúvidas políticas, uma fatia de bolo de chocolate e a reportagem de um crime ao cair do dia, a minha cabeça estava a mil. Passei a noite num embrulho mental, sempre a pensar em tudo. Pelo meio, ainda enviei mensagens para tentar que umas almas caridosas me fossem ajudar este domingo a vender a mascote da associação de doenças raras. Nem uma resposta no meu telemóvel. Será que me estão deliberadamente a ignorar? Mais vale dizer logo que não...

segunda-feira, janeiro 23, 2006

O dia mais deprimento do ano

Não é por acaso que o conceituado professor da Universidade de Cardiff, Cliff Arnall, calculou que hoje é o dia mais deprimente do ano. Por todos os motivos que ele invoca e outros que eu própria e quase 50% dos portugueses acrescentamos. Não gosto de escrever sobre política, mas a verdade é que o que aconteceu ontem não podia ter sido pior. Há alguém que me convença que o professor doutor Cavaco Silva é mesmo boa pessoa?
Assumo a minha tendência para gostar de gente com bons sentimentos, vibrações e energias que contagiam. E ele só me transmite arrepios finos e desconforto. Não acredito que seja por acaso.

terça-feira, janeiro 17, 2006

Trevo da sorte

Há crianças que quando nascem são como um trevo de quatro folhas. Iguais aos de três, mas com uma folhinha a mais que faz toda a diferença. Encontrar um trevo de quatro folhas é sinal de boa sorte. E o Marco teve, e tem, esse significado para muita gente. Foi ele o responsável pelo impulso de uma mãe corajosa que dedicou todos os minutos, entre a venda de um jornal e um contacto telefónico, a erguer a Raríssimas. O símbolo desta associação de doentes "raros" é, claro, o trevo da sorte. Que ajuda os pais de crianças com doenças raras, difíceis de diagnosticar num sistema de saúde massificado e pouco individual.
Ontem o Marco deixou-nos. E eu tive a sorte de o poder ter conhecido, de poder participar nesta construção e aventura cheia de amor que é a Raríssimas. Obrigada Paula por teres uma força especial. Que não acaba. Não te esqueças que o trevo de quatro folhas já está plantado.

sábado, janeiro 14, 2006

Beatriz Maria


Tem 74 anos e no Bilhete de identidade o seu nome só tem duas palavras: Beatriz Maria. Decidiu dormir todas as noites na rua, apesar de ter um sítio para viver. Exige uma casa ("se eles têm direito eu também tenho") e esconde uma história de vida.
Disfarça-se debaixo daqueles trapos imundos que cheiram a sujo. Torna-se sem abrigo todas as noites para ter uma casa de graça. Aos fins de semana dança com velhotes num centro de dia, toda arranjada e perfumada. Talvez lhe falte amor.

sexta-feira, janeiro 06, 2006

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Ano Novo!

Comecei o ano cheia de força. Geralmente acontece-me sempre. O primeiro dia (o segundo, na verdade) depois de uma passagem de ano com os amigos de sempre (gosto muito de vocês!!) é vivido com entusiasmo. Mas ao contrário do que é habitual, não fiz nenhuma promessa a mim mesma, daquelas que nunca cumpro...
Costumava desejar para o ano novo coisas como: ir ao ginásio mais vezes, inscrever-me como voluntária, fazer um curso de pintura, blá, blá, blá. Nunca cumpri nada. Este ano só quis uma coisa e, sim, guardei uma passa para a taça!