terça-feira, março 14, 2006

My name is Jack


Gosto do Jack porque é levezinho. Óptimo para andar de carro nestas distâncias intermináveis que me separam. O que mais gostei no concerto de ontem não foi só da t-shirt verde que ele tinha vestida. Há muito tempo que não estava com tantos adolescentes e jovens (13-19 anos) e não consegui evitar pensar que, se tivesse a idade deles, também me vestia assim. Na minha altura, as opções eram muito poucas. Não havia tanta cor e meia rotas, nem telemóveis.
Ver um concerto sem isqueiros é uma experiência do outro mundo. Para quê gastar gás se os modelos mais modernos dos telemóveis se iluminam todos? E para quê estar especado a ver um surfista a tocar guitarra se se pode gravar tudo na máquina digital para depois mostrar aos amigos que o-concerto-foi-o-máximo?
No meio da multidao, vi uma rapariga a encostar-se devagarinho a um rapaz que passava e a olhar para ele com olhares de predadora. E adolescentes com o casaco meio despido, só a mostar o ombro. E um homem de gravata que olhava para tudo aquilo com ar divertido. E rapazes com roupa de marca a gritar. E surfistas que trocavam carícias constantemente, enquanto na casa de banho mais uma rapariga vomitava.
O Jack falou pouco. Dá para perceber porquê.

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