sábado, novembro 13, 2010

(Re)nascimento

O Francisco nasceu e de repente o meu Guilherme cresceu. Quando o vi a entrar pela porta do meu quarto no hospital pensei: o que é que aconteceu nestes quatro dias? O corpo já não é de bebé, está forte, com as mãos enormes e os olhos amêndoa ainda mais abertos. Como é que eu perdi este crescimento? porque é que não o vi? Foram os dias em que estive internada? Ou ele já estava grande e só com o nascimento do Francisco nos apercebemos que o nosso Gui, afinal, já deixou de ser um bebé? Ao pé do irmão é enorme.
Olha para ele e diz: Francisco não chores, o papá está aqui, a mamã está aqui. Quer mais o pai do que a mãe, como se eu estivesse destinada a cuidar em exclusivo do irmão. Gosta do seu espaço, das suas coisas, de ter garantias. E a mãe está muitas vezes a dar de mamar ao Francisco. É difícil não estar com ele sempre que ele precisa.

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